domingo, 2 de junho de 2013

ANÁLISE EM 3 ATOS - Super Mario World (VC Wii / SNES)

Mais uma estreia no blog Mundo Nintendo. Desta vez trazemos aos leitores e leitoras uma nova seção intitulada "Análise em 3 Atos", onde pretendemos analisar games atuais e antigos como se fossem uma peça de teatro. A inspiração, é claro, vem do clássico Super Mario Bros. 3, fantástico game da Nintendo para o NES que muitos acreditam se tratar de uma peça teatral, por causa do estilo dos cenários e da apresentação feita com cortinas, por exemplo. O Primeiro Ato é sempre a "Exposição", onde falaremos sobre os principais personagens e a proposta do jogo. O Segundo Ato é o "Clímax", onde serão discutidos os principais aspectos técnicos do jogo, e o que achamos deles, como visual, som, jogabilidade, etc. Por fim, o Terceiro Ato é o "Desenlace", onde tiramos uma conclusão final sobre a qualidade do jogo e damos uma nota de 0 a 10 para ele. O game que vai estrear a seção é nada mais nada menos que um dos maiores clássicos da história: Super Mario World, lançado originalmente para o Super Nintendo; a versão que jogamos é a do Virtual Console do Wii. Divirtam-se.

PRIMEIRO ATO - EXPOSIÇÃO

Super Mario World foi lançado originalmente para o console Super Famicom como um título de lançamento do sistema em 21 de novembro de 1990. O Super Nintendo recebeu o jogo quase um ano depois, em 13 de agosto de 1991. A versão digital para Virtual Console do Wii foi lançada em fevereiro de 2007 na América do Norte, e no dia 26 de abril deste ano o game chegou também ao Virtual Console do Wii U.

Trata-se de um game de plataforma 2D, que pode ser jogado por até 2 pessoas, sendo que o primeiro jogador controla Mario e o segundo jogador controla Luigi, alternadamente. A aventura se passa em Dinosaur Land, terra natal dos dinossauros Yoshi, que fica no Mundo do Cogumelo, e onde Mario, Luigi e a Princesa Peach planejavam passar férias. O vilão Bowser Koopa sequestrou a Princesa Peach, do Reino do Cogumelo, enquanto seus comparsas, os sete Koopalings, aprisionaram ovos de Yoshis em seus castelos. Com a ajuda de Yoshi, Mario e Luigi devem resgatar Peach e os ovos de Yoshi, e restaurar a paz em Dinosaur Land.

O jogo é dividido em áreas que são interligadas através de um mapa de mundo geral contínuo, diferente de Super Mario Bros. 3 do NES, onde cada um dos oito mundos de jogo possuía sua tela específica. Cada área, assim como cada estágio do jogo, possui seu próprio nome, normalmente fazendo alusão a alimentos, como: Cookie Mountain (Montanha do Biscoito), ou Butter Bridge (Montanha Manteiga), por exemplo. Em cada um dos sete castelos espalhados por Dinosaur Land você vai enfrentar um dos sete Koopalings: Iggy Koopa, Morton Koopa, Lemmy Koopa, Ludwig Von Koopa, Roy Koopa, Wendy Koopa e Larry Koopa. Há também fortalezas onde você deve derrotar os quatro Reznors, dinossauros que ficam soltando bolas de fogo, e estão situados em plataformas de um dispositivo giratório.

SEGUNDO ATO - CLÍMAX

Dificilmente você não ficará hipnotizado pelos belos gráficos de Super Mario World. Percebe-se que houve uma atenção minuciosa na ambientação de cada área do game, proporcionando uma identificação imediata do jogador com o cenário ao seu redor. Personagens bem modelados, e bem distintos entre si, além do uso extremamente inteligente das cores, que jamais incomodam o jogador ou atrapalham a visualização de elementos importantes. O uso extensivo de cores primárias em cenários e personagens é notável aqui, e cria uma atmosfera agradável aos olhos, principalmente pelo bom gosto que se nota na utilização das diferentes nuances e combinações dessas cores ao longo da aventura.

A resposta aos comandos é rápida e precisa, você movimenta Mario com o direcional em cruz, segura um botão para ele correr, aperta outro botão para o salto, e há ainda um botão que, ao ser pressionado, faz com que Mario execute um Spin Jump (Pulo Giratório) e o torna capaz de destruir alguns tipos de blocos e inimigos, e pode ser usado para desmontar de Yoshi. Para montar em Yoshi, basta pular na direção da sela vermelha sobre as costas do dinossauro. Controla-se os movimentos de Yoshi com o direcional em cruz, com um botão para pular e outro para que ele use sua língua para engolir inimigos e frutas pelo caminho.

Mario pode ganhar várias habilidades através dos power-ups que encontra durante o jogo. Além de ficar maior com o Super Mushroom (Super Mario) e soltar bolas de fogo com a Fire Flower (Fire Mario), ele pode voar por um curto período de tempo com a Super Leaf (Cape Mario). O poder de voar é, certamente, o mais cobiçado pelos jogadores, mas é preciso habilidade para manter Mario no ar por mais tempo, combinando toques no direcional com o botão de pulo quando ele começar a descer; durante a descida, é possível deslizar pelo chão para derrotar inimigos. Vale lembrar que em alguns estágios Mario pode subir na nuvem do Lakitu e controlá-la, voando a bordo dela por algum tempo.

A trilha sonora do jogo pode não ser tão memorável como a de Super Mario Bros. 3, mas as composições de Koji Kondo conseguem passar as sensações certas em cada situação. Seja ouvindo o tema mais alegre das fases terrestres, o tema misterioso e mais cadenciado dos estágios em cavernas, os tranquilos temas das fases aquáticas, os temas sombrios das Ghost Houses, ou as canções mais pesadas dos castelos e fortalezas, a trilha sonora de Super Mario World transborda personalidade.

TERCEIRO ATO - DESENLACE

Super Mario World foi lançado há mais de vinte anos atrás, e o tempo parece ter valorizado seus aspectos mais marcantes: os gráficos vivos, a jogabilidade impecável e a trilha sonora empolgante. Não pense que chegar ao castelo de Bowser, derrotar o vilão e salvar a princesa significa fim de jogo. Achar as 96 saídas das fases do jogo vai exigir muita atenção do jogador às pequenas dicas visuais do caminho; e a satisfação de descobrir um estágio secreto vai te fazer sorrir muitas vezes durante a jornada, que é sempre prazerosa e convidativa. No Super NES, no Wii, ou no Wii U, é uma aventura imperdível para fãs de games de plataforma, repleta de diversão e carisma, que te prende do início ao fim.

Cada novo estágio traz uma experiência renovada, diferente, e fica evidente a preocupação de Shigeru Miyamoto e de sua equipe em jamais encher a tela de elementos repetitivos, e de oferecer desafio crescente conforme o jogador avança no jogo. O sábio uso e posicionamento de blocos, inimigos, power-ups e saídas secretas é uma verdadeira declaração de amor aos jogadores mais exigentes, e a apresentação deste game vai encantar pessoas de todas as idades e gostos. Não tenha medo, compre esse jogo e se divirta muito, por horas a fio, já que certamente você vai querer visitar os magníficos estágios deste jogo por dezenas, centenas de vezes.

NOTA FINAL: 10

PALMAS:
- Visual caprichado
- Jogabilidade impecável e acessível
- Trilha sonora contagiante
- Renovação de ideias e de desafios constante

VAIAS:
- Poucos power-ups

Você já jogou Super Mario World, leitor(a)? Concorda ou discorda do que foi dito nesta matéria, e o que achou da estreia da seção "Análise em 3 Atos"? Não deixe de comentar.

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